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domingo, 17 de março de 2013

Ney dá ultimato a quem reclamar de substituição: 'Não joga mais comigo' Técnico fala grosso após vitória sobre o Oeste, neste domingo, e diz que não vai tolerar mais atitudes como as de Ganso e Lúcio durante a semana


Ney Franco São Paulo x Oeste (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)Ney não quer mais atletas reclamando após suas
substituições (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
O técnico Ney Franco quer acabar com possíveis novos focos de insatisfação no elenco do São Paulo. Após uma semana conturbada com casos envolvendo o meia Paulo Henrique Ganso e o zagueiro Lúcio, Ney deu um ultimato após a vitória por 3 a 2 sobre o Oeste, neste domingo, no Morumbi.
Em entrevista coletiva, o técnico revelou uma conversa com os jogadores e uma nova resolução em seu trabalho: quem reclamar de uma substituição, não joga mais sob seu comando.
- Essa questão já está resolvida, fechamos com os jogadores. Isso foi muito conversado internamente, e não aceito mais nenhum tipo de reação de jogador substituído. Se isso acontecer de novo, vocês vão saber que é algum atleta rebelado dentro do grupo – afirmou.
- Não gosto de usar a força, trabalho muito com a questão da conversa. Mas não vou aceitar mais esse tipo de reclamação, que aconteceu duas vezes. Se isso acontecer outra vez, o jogador não joga comigo enquanto eu estiver no São Paulo – finalizou.
Não vou aceitar mais esse tipo de reclamação"
Ney Franco
Substituído no clássico contra o Palmeiras, domingo passado, Ganso mostrou insatisfação enquanto caminhava para o banco de reservas, proferindo palavrões. Quinta-feira, diante do Arsenal de Sarandí, na Argentina, foi a vez de Lúcio se rebelar: após deixar o campo, sequer ficou no banco de reservas e dirigiu-se mais cedo ao ônibus que transportava a delegação. As duas atitudes colocaram o comando de Ney Franco em dúvida.
Por isso, o técnico resolveu externar a nova resolução, na tentativa de colocar o elenco “na linha”. Ele reconheceu que o momento não é bom, e que isso dá margem a mais questionamentos:
- Quando você não está num momento bom, algumas coisas acontecem, inclusive a insatisfação de um jogador substituído. Mas que isso não seja traduzido em falta de comando. Inventam muitas histórias. O grupo está comigo, os jogadores estão querendo tanto quanto eu. Não tem ninguém jogando para o treinador, mas sim para a camisa do São Paulo.
A diretoria tricolor deu respaldo à atitude do técnico. Após a vitória sobre o Oeste, o vice-presidente João Paulo de Jesus Lopes disse que Ney Franco tem total liberdade para tomar suas decisões.
- O São Paulo dá ao treinador todo o comando do processo. No São Paulo, o rabo não balança o cachorro, quem comanda é o treinador. Se ele acha que algo tem de ser feito da maneira "A", será da maneira "A". Estamos satisfeitíssimos com o trabalho, não há qualquer reparo a ser feito – discursou João Paulo.
O São Paulo volta a campo na próxima quarta-feira, às 22h (horário de Brasília), contra o São Bernardo, novamente pelo Campeonato Paulista. O próximo confronto pela Libertadores é dia 4 de abril, diante do The Strongest, na Bolívia.

'ATACANTE' RÉVER MARCA TRÊS VEZES, GALO VIRA E GOLEIA O AMÉRICA-MG Em dia de artilheiro, zagueiro do Atlético-MG faz até de voleio e garante o triunfo de virada. Time não perde no Independência desde reinauguração


Enganou-se quem esperava que o técnico Cuca, de olho nos próximos compromissos do Atlético-MG pela Taça Libertadores, fosse poupar vários jogadores neste domingo. Daqueles considerados titulares, somente três estiveram ausentes na goleada por 5 a 2, de virada, sobre o América-MG, no Independência, em Belo Horizonte, pela sexta rodada do Campeonato Mineiro. Ronaldinho Gaúcho, desgastado pela longa viagem a La Paz, Leonardo Silva e Junior Cesar, com cansaço muscular, não atuaram.
Na lateral esquerda, Richarlyson foi escalado, e Guilherme, que ainda não havia atuado este ano, entrou na vaga de R10. Mas quem brilhou mesmo foi o zagueiro Réver, que marcou três gols e virou artilheiro do estadual, ao lado de Borges, do Cruzeiro, Eric, do Guarani-MG, e Vanderlei, do Nacional-MG. Leandro Donizete e Diego Tardelli completaram o placar para o Galo, enquanto Fábio Júnior e Laércio marcaram para o Coelho.
Réver, Atlético-MG, Independência (Foto: Bruno Cantini  / Site Oficial do Atlético-MG)Pede música, Réver: zagueiro-artilheiro brilha na rodada (Foto: Bruno Cantini / Site Oficial do Atlético-MG)
Com o resultado, o Atlético-MG assumiu a segunda posição na tabela, com 12 pontos, a quatro do líder Cruzeiro - o Galo tem um jogo a menos que o arquirrival. O América-MG estacionou nos seis pontos e está em oitavo lugar, três à frente de Araxá e América TO, as duas equipes que estão na zona de rebaixamento.
O time alvinegro segue sem perder no Independência desde que o estádio foi reinaugurado, em maio de 2012. São 28 jogos, com 21 vitórias e sete empates. Neste período, marcou 65 gols e sofreu 24.
O Galo volta a campo na próxima quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), diante do América TO, no Nassri Mattar, em Teófilo Otoni. O América, no mesmo dia, mas às 22h, recebe o Guarani-MG no Independência, em Belo Horizonte.
Equilíbrio total
Com a mudança no comando - Paulo Comelli, ex-Criciúma, foi contratado para a vaga de Vinícius Eutrópio, demitido após o empate com o Nacional-MG -, o América mostrou-se aguerrido, como ainda não havia feito no estadual. Dominou as ações na primeira metade da etapa inicial, quando abriu o placar. Gedeílson saiu nas costas de Richarlyson e cruzou na cabeça de Fábio Júnior, que só desviou, longe do alcance de Victor, para fazer 1 a 0, aos dez minutos.
A partir daí, o Galo foi com tudo para cima do adversário, e Diego Tardelli perdeu duas chances claras de empatar. O América-MG levava perigo nos contra-ataques, principalmente pela direita. E quase Fábio Júnior fez mais um. Depois de bela jogada de Claudinei, que driblou Pierre e rolou para trás, o veterano atacante chutou por cima, rente à trave.
Mas quando o Coelho era melhor, Leandro Donizete tratou de mudar o aspecto da partida. Aos 32, o volante marcou seu primeiro gol com a camisa alvinegra, após rebote de Neneca, em um chute de Bernard. Após o empate, o Galo passou a perder chances seguidas. Tardelli e Bernard tiveram nos pés o desempate, mas Neneca impediu que o placar fosse alterado.
Goleada e show de Réver
No segundo tempo, desde o ínicio o Atlético foi melhor. Mas o gol de desempate saiu apenas aos 12, depois de uma indefinição na defesa do América, que falhou na "linha burra", Réver recebeu livre de Diego Tardelli e encobriu o goleiro Neneca: 2 a 1. E Réver gostou de ir para as redes. Dois minutos depois, o capitão do Galo fez um golaço ao pegar de primeira o rebote de escanteio. Sem chances para Neneca, que ainda pulou, mas nada pôde fazer. Lance digno de placa no Independência.
- Caiu no Horto, "tá" morto - bradou a torcida alvinegra após a ampliação do placar.
Da pressão inicial aos braços da massa. Foi assim a noite de Guilherme em sua estreia em 2013. A festa atleticana foi tanta que ele deixou o campo ovacionado pela torcida, substituído por Luan. Os atleticanos reconheceram o esforço do jogador, que sofreu com lesão muscular na perna esquerda. E a festa de Réver não parou por aí. Aos 33, o zagueiro testou de cabeça o escanteio cobrado por Bernard. Era o terceiro dele no jogo, o quarto do Galo.
O América-MG ainda marcou, após vacilo da defesa do Galo. Leandro Donizete errou o passe, Fábio Júnior tocou para Doriva, e este deu passe para Laércio tocar para o gol. Mas Tardelli deu números finais ao jogo, aos 37. O ídolo alvinegro ampliou o placar, depois de receber lindo passe de Bernard. O atacante driblou Neneca duas vezes e tocou para o gol. Delírio alvinegro em um bom jogo no Independência.

FLU SUPERA CHUVA FORTE E AUDAX PARA VOLTAR A VENCER NO ENGENHÃO: 1 A 0 Wellington Nem garante fim do jejum tricolor, que não vencia no estádio há seis jogos. Rhayner, contudo, completou 80 partidas sem gols


O Fluminense sofreu, mas venceu a chuva e o Audax no Engenhão, por 1 a 0, na primeira rodada da Taça Rio, diante de 2.800 pagantes. Depois de um primeiro tempo no qual as melhores chances surgiram em contra-ataques do rival, com o temporal atrapalhando o toque de bola tricolor, o time de Abel Braga usou a mesma tática do adversário no início da segunda etapa para garantir a vitória com gol de Wellington Nem, após jogada em velocidade de Edinho e Bruno. Com o resultado, o time das Laranjeiras encerrou pelo menos um jejum: estava há seis jogos (quatro empates e duas derrotas) sem vitória no Engenhão. Outro número incômodo, porém, continua a aumentar: Rhayner completou 80 jogos sem marcar gols.
Na próxima rodada, no sábado, o Audax encara o Bangu em Moça Bonita. No mesmo dia, o Fluminense volta a campo, em Volta Redonda, contra o Duque de Caxias. O Tricolor soma três pontos na Taça Rio, o mesmo de Resende e Macaé, mas ocupa a terceira colocação do Grupo B em função de desvantagem nos gols pró. O Audax, por sua vez, é lanterna.

- Fizeram um grande jogo contra a gente, mas fomos felizes e saímos com a vitória. Eles (times considerados pequenos) tiveram um bom tempo para trabalhar e vão vir firmes, mas nós também vamos para cima deles - analisou Wellington Nem ao deixar o gramado.

Os tricolores atuaram sem duas das suas principais peças: Deco, recuperado de dores no joelho, foi poupado, enquanto Thiago Neves ainda trata um estiramento na panturrilha direita. Além deles, Anderson, também com problema muscular, e Wellington Silva, com fratura no pé esquerdo, ficaram fora. No Audax, o meia Nélio, se recuperando de estiramento, deu lugar a Camacho, meia emprestado pelo Flamengo que fez a sua estreia pelo clube. O atacante Ivan Júnior, com lesão no joelho direito, também não entrou em campo.
gol Fluminense x Audax (Foto: Rodrigo Ferreira / Photocâmera)Nem (11) celebra junto a Bruno (2) e Rhayner (22) o gol do jogo (Foto: Rodrigo Ferreira / Photocâmera)
O Fluminense iniciou a partida procurando valorizar a posse de bola e exercendo forte marcação por pressão, com os jogadores de ataque cercando bem zagueiros e volantes do Audax, provocando erros de passe. Logo aos 5 minutos, em jogada confusa, a bola parou nos pés de Gum, que bateu em cima da zaga. Na sobra, Fred tentou, também sem sucesso. Um minuto depois, o Audax mostrou que não estava tão pressionado assim. Em velocidade, o time assustou os tricolores, com o lance terminando em finalização de Rômulo, defendida em dois tempos por Diego Cavalieri. Na sequência, o Fluminense foi ao ataque de novo. Wagner deu bom passe para Fred avançar livre e bater cruzado, para fora.
O susto com Rômulo não foi suficiente para fazer os tricolores afrouxarem a marcação sobre a saída de jogo do Audax. O time de Abel Braga continuou a levar vantagem na posse de bola. Porém, o ritmo dos primeiros 10 minutos diminuiu um pouco, com os tricolores mais cautelosos com os espaços deixados ao partir para o ataque. Ainda assim, o Audax conseguia armar contragolpes, como no passe errado de Wagner, aos 19 minutos, que terminou rapidamente em finalização do outro lado do campo, de Camacho.
Com pouco mais de 20 minutos, a chuva começou a cair forte no Engenhão. E a situação se inverteu. O Fluminense passou a ter sérias dificuldades na saída de bola e passou a ceder seguidos contra-ataques. Foram duas chances claras consecutivas aos 35 minutos, com Hyuri e Denílson. Cavalieri salvou a equipe com duas boas defesas. Em outro lance, os jogadores de Audax reclamaram de pênalti de Gum em Hyuri, que teve o calção puxado, mas nada foi marcado. Fim de primeiro tempo com a equipe de Abel deixando o gramado sob vaias.

Nem marca, e zagueiro tricolor perde gol incrível
Leandro Euzébio Fluminense x Audax (Foto: Cezar Loureiro / Agência o Globo)Euzébio disputa jogada pelo alto, observado por Fabiano Eller (Foto: Cezar Loureiro / Agência o Globo)
Na etapa final, o Fluminense de novo começou pressionando. Aos 2 minutos, Rhayner tocou para Jean bater de fora da área, acertando o travessão. Na sobra, Wagner achou Wellington Nem, que bateu firme, mas para fora. Desta vez, contudo, o Audax não resistiria por muito tempo e provaria do próprio veneno. Em contra-ataque, Edinho lançou Bruno, que cruzou na medida para Wellington Nem abrir o placar no Engenhão: 1 a 0.

Com o campo pesado e a vantagem no placar, o Fluminense diminuiu um pouco o ritmo, mas continuou a dominar as ações, salvo um ou outro lance isolado de tentativa de contra-ataque por parte do Audax. Em um deles, aos 23 minutos, Camacho lançou Denílson nas costas de Carlinhos, mas Cavalieri novamente apareceu bem.
O Fluminense por muito pouco não ampliou aos 28 minutos. Wellington Nem recebeu na esquerda e tocou para Wagner, que mandou na trave. A bola sobrou para Leandro Euzébio que, com o gol vazio, fez o mais difícil e também carimbou o poste, se juntando a Seedorf, do Botafogo, na lista dos lances inacreditáveis do fim de semana.

Abel ainda colocou Wallace, Felipe e Rafael Sobis nas vagas de Bruno, Rhayner e Wagner, respectivamente. O Audax tentou partir para cima dos tricolores, mas o time das Laranjeiras não teve grande dificuldade para segurar o resultado, ainda mais depois da expulsão de Fabiano Eller, que recebeu um cartão por falta em Fred e acabou expulso por reclamação nos minutos finais.

DUPLA CELESTE JOGA BEM, E CRUZEIRO GOLEIA O BOA ESPORTE, EM VARGINHA Borges e Dagoberto, que atuaram pela primeira vez juntos com a camisa celeste, comandam time de BH, na vitória por 4 a 1 no sul de Minas Gerais


A expectativa era muito grande pela estreia da dupla de atacantes Borges e Dagoberto. Pela primeira vez, os dois atuaram juntos com a camisa do Cruzeiro e, até mesmo peloinvestimento despendido pela diretoria na contratação dos dois jogadores, já havia uma certa ansiedade da torcida para vê-los em campo. Na tarde deste domingo, o que se esperava dos dois foi realizado. Borges, inclusive, marcou um dos gols do Cruzeiro na vitória por 4 a 1 sobre o Boa Esporte, no Melão, em Varginha, pela sexta rodada do Campeonato Mineiro. Foi o terceiro do atacante na competição, que se tornou artilheiro, ao lado de Vanderlei, do Nacional-MG.
torcida Cruzeiro jogo (Foto: Marco Antônio Astoni)Torcida do Cruzeiro faz a festa no Melão, em Varginha (Foto: Marco Antônio Astoni / Globoesporte.com)
Borges e Dagoberto tiveram atuações muito boas. O primeiro participou de forma efetiva do segundo gol celeste, marcado por Éverton Ribeiro, e fez o terceiro em um lance de puro oportunismo. Dagoberto foi mais discreto, apesar de em alguns momentos ter puxado contra-ataques perigosos e tabelado com Borges, mostrando o mesmo entendimento da época em que atuaram juntos no São Paulo. No segundo tempo, foi substituído por Elber. O outros gols do Cruzeiro foram feitos por Diego Souza, após lindo lançamento de Leandro Guerreiro, e por Tinga. Foi o primeiro do camisa 10 em partidas oficiais pela equipe azul. Ele já havia marcado na pré-temporada, em um amistoso com o Mamoré. Para o Boa Esporte, descontou Fernando Karanga.
O torcedor celeste, mesmo fora de casa, foi maioria nas arquibancadas do estádio, fez a festa e comemorou a quinta vitória na competição estadual, em seis partidas realizadas. Com o resultado, o líder do Mineiro chegou aos 16 pontos, quatro a mais que o Villa Nova, segundo colocado. O Boa está apenas na décima posição, com quatro pontos ganhos, um a mais que América TO e Araxá, os dois times que estão na zona de rebaixamento da competição.
Na próxima rodada, em busca da recuperação, o time do sul de Minas vai encarar, em um confronto direto, o Araxá, no domingo, dia 24, às 10h (de Brasília), novamente no Melão, em Varginha. O Cruzeiro, também no domingo, mas às 16h, receberá a Caldense, no Mineirão, em Belo Horizonte.
Ritmo alucinante
Correria e disposição não foram ingredientes ausentes em Varginha. Tanto Boa Esporte quanto Cruzeiro começaram o jogo em alta velocidade, desafiando o forte calor da tarde no sul de Minas. O time da casa mostrou, logo de cara, a proposta de jogo, totalmente previsível para um time do interior que enfrenta um grande da capital. Jogou fechadinho, com 11 jogadores atrás da linha bola. O time azul encontrava enormes dificuldades em furar o bloqueio, ainda mais porque errava muitos passes.

A primeira chance clara de gol, ironicamente, foi do Boa Esporte. Marcelinho Paraíba cobrou escanteio da esquerda, e o zagueiro Rodrigo Arroz chutou para excelente defesa de Fábio. A oportunidade perdida animou o time de Varginha, que se entusiasmou e cometeu um grave erro. Foi pra cima do Cruzeiro e deu o contra-ataque.

Assim saiu o primeiro gol do Cruzeiro. Leandro Guerreiro lançou Diego Souza, que passou por Leandro Camilo e chutou forte. A bola bateu na trave e no calcanhar do goleiro Douglas, antes de entrar, aos 25 minutos.

A Raposa cresceu muito em qualidade, já que o Boa Esporte não abdicou do ataque. Os espaços no meio-campo, antes raros, passaram a surgir com mais frequência e, consequentemente, as chances de gol apareceram. Foi desta maneira que saiu o empate da equipe de Varginha. Fernando Karanga se aproveitou de um lindo passe de Betinho e de um buraco na zaga adversária e, aos 35 minutos, entrou livre para fazer o gol.

A torcida de Varginha nem teve tempo de comemorar. O jogo seguiu em ritmo alucinante, e o Cruzeiro conseguiu o desempate, aos 37, em mais um contragolpe. Éverton Ribeiro e Borges fizeram boa tabela, e o meia colocou o time da capital mais uma vez em vantagem.
Goleada celeste
Os dois times voltaram diferentes no segundo tempo. No time da casa, Radamés saiu, para dar lugar a Neílson. Já pelo lado dos visitantes, quem deixou o campo foi Ceará. O prata da casa Mayke assumiu a lateral direita. O panorama do jogo, no entanto, não mudou muito, mas o Boa Esporte sentiu a falta de Radamés, que era o principal articulador de jogadas de ataque. Com isso, o Cruzeiro pressionou e encurralou o time de Varginha.

Sem forçar muito, a Raposa chegou ao terceiro gol, aos 10 minutos. Em um lance de oporrtunismo, Borges se aproveitou de falha de Jair e, de dentro da pequena área, marcou.

O lance foi uma pá de cal no ânimo do Boa Esporte. O time de Varginha se rendeu completamente e virou presa fácil. O Cruzeiro passou a criar uma chance de perigo atrás da outra. Dagoberto, Nirley, Mayke e Egídio perderam boas oportunidades de marcar o quarto gol.

Marcelo Oliveira tirou Éverton Ribeiro e Dagoberto e colocou Tinga e Élber. Os dois mantiveram o nível, tanto que o Cruzeiro continuou dominando as ações. Com o Boa Esporte batido, a Raposa ampliou a diferença. Diego Souza fez excelente jogada pela direita e rolou para Tinga bater de primeira, aos 36 minutos, sem chances de defesa para Douglas.

Sem esboçar reação, o Boa Esporte se fechou para não tomar mais gols. Satisfeito com a goleada, o Cruzeiro tocou a bola e apenas esperou o apito final do árbitro.

Vasco perde para o Volta Redonda na Colina e ouve vaias e gritos de 'olé' Equipe é derrotada por 1 a 0 dentro de São Januário. Mudanças feitas pelo técnico para este jogo não surtem o efeito desejado, e torcida hostiliza


A ressaca pela perda do título da Taça Guanabara para o Botafogo foi ampliada neste domingo, em São Januário, onde o Vasco perdeu para o Volta Redonda por 1 a 0, na estreia das equipes na Taça Rio. O resultado aumenta ainda mais o clima de desconfiança em cima do time cruz-maltino, que teve novidades na equipe titular (entradas de Romário, Dakson e Sandro Silva), mas não conseguiu ter um bom desempenho e ouviu muitas vaias, além de gritos irônicos de "olé". O gol do jogo foi marcado pelo zagueiro André Alves, ainda no primeiro tempo.
- Até esperava outro tipo de pressão, não foi nem forte. Apoiaram bastante, esperaram (para começar a vaiar). O time tem que ter mais personalidade nessas horas, alguns se abatem e acabam se escondendo. Não sei, faz parte, é levantar a cabeça, encarar o próximo jogo e vamos ver se rendemos melhor - disse o zagueiro Renato Silva.
Depois de uma campanha ruim na Taça Guanabara - seis pontos em oito jogos-, o Voltaço inicia bem o segundo turno. A equipe agora está com um novo treinador, Cairo Lima, que substituiu Alfredo Sampaio. Os jogadores passaram por um período de treinamentos em Águas de Lindoia, no interior paulista, antes de reiniciar a competição. O Voltaço agora aparece em terceiro lugar no Grupo A, com os mesmos três pontos de Botafogo e Friburguense, porém com pior saldo de gols. O Vasco é quinto, ainda sem pontuar.
Na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), o Vasco enfrenta o Nova Iguaçu, no estádio da Cidadania, em Volta Redonda. O Voltaço, por sua vez, volta a campo no domingo, às 16h, recebe o Friburguense.
Vasco de cara nova e futebol apagado
Modificado, o Vasco teve dificuldades de se encontrar na marcação e viu o Volta Redonda crescer na partida. O cartão de visitas foi uma bola na trave acertada por Frontini. Na sequência deste lance, aos 11 minutos, o Voltaço abriu o placar. Após cobrança de escanteio, André Alves subiu entre Dedé, Sandro Silva e Nei e desviou de cabeça para  rede: 1 a 0.
 A partir daí, o Vasco teve que se lançar de vez ao ataque. O primeiro lance de mais perigo foi com Dakson, que acertou o travessão do Volta Redonda. A equipe do Sul-Fluminense estava bem armada e dava poucos contra-ataques. Então, os vascaínos começaram a tentar lançar a bola pelo alto para dentro da área, mas com pouco perigo. No último lance da primeira etapa, Carlos Alberto tentou de biquinho e mandou sem direção. Na saída do campo, a torcida não perdoou e vaiou os jogadores.
Vasco muda, pressiona, mas não faz
O Vasco voltou do vestiário com Yotún, que fez sua estreia, no lugar de Pedro Ken. Wendel voltou para o meio de campo. A equipe passou a criar mais chances, mas as desperdiçava. Primeiro com Eder Luis, depois com Wendel. Apesar da insistência, a pontaria não estava em dia.
Bernardo, artilheiro do Vasco com sete gols, foi chamado para entrar no lugar de Dakson e tentar dar mais poder de fogo ao time. Dos pés dele saiu uma das principais chances da equipe. O camisa 31 bateu falta e colocou na cabeça de Romário, que desviou e a bola passou rente à trave. Apesar da pressão, a bola não entrou. O atacante Eder Luis, que errou a maioria das jogadas, foi um dos mais vaiados pela torcida, que foi para casa com mais uma frustração

Na volta da 'quaresma', Bahia empata em 1 a 1 com o Vitória da Conquista Diante do líder da primeira fase do Campeonato Baiano, Tricolor não joga bem, leva o primeiro gol e consegue empatar na estreia no estadual


Vitória da Conquista x Bahia (Foto: Reprodução)Vitória da Conquista e Bahia ficaram no empate em
1 a 1 na tarde deste domingo (Foto: Reprodução)
A ‘quaresma’ do Bahia acabou. E da mesma forma que começou: sem grandes alegrias. Eliminado da Copa do Nordeste no início de fevereiro, o Tricolor voltou a jogar uma partida oficial na tarde deste domingo. Em Vitória da Conquista, a equipe empatou em 1 a 1 com o time que leva o nome da cidade. Alessandro Azevedo marcou para os donos da casa e Fahel, que virou capitão, empatou para o Bahia no primeiro jogo da segunda fase do Campeonato Baiano.
Mesmo com uma longa intertemporada para aprimorar o time e ajustar os erros, o Bahia voltou a campo com as mesmas falhas. O tempo de preparação não surtiu o efeito esperado na estreia do estadual. O time do técnico Jorginho não conseguiu se encontrar em campo e foi dominado pelo Vitória da Conquista.
O duelo entre o líder da primeira fase do Campeonato Baiano e o atual campeão da competição teve público à altura. Todos os nove mil ingressos disponibilizados para a partida foram vendidos e o público lotou a arquibancada do estádio Lomanto Júnior. 
Além da presença do público, outro destaque da partida foi o trio de arbitragem. No primeiro tempo, o árbitro Arilson Bispo da Anunciação anulou um gol legal do Conquista. No segundo, validou os dois gols em que ocorreram irregularidades.
Os dois times voltam a jogar pelo Campeonato Baiano no próximo fim de semana. No sábado, o Vitória da Conquista enfrenta o Botafogo-BA no estádio de Pituaçu. No dia seguinte, no mesmo local, o Bahia terá o Juazeirense como adversários. Os dois jogos serão às 16h (horário de Brasília) e válidos pela segunda rodada da competição.
Auxiliar erra, Bode é prejudicado e Bahia com bola murcha
Trinta e oito dias depois de ser eliminado da Copa do Nordeste, o Bahia voltou a campo. Os jogadores mataram a saudade de uma partida oficial. Mas a torcida demorou a aceitar o final da ‘Quaresma Tricolor’.
Mesmo com tanto tempo de treinamento, o Bahia voltou a um jogo com os mesmos defeitos apresentados no começo da temporada. Pior que teve pela frente o melhor time da primeira fase do Campeonato Baiano. E o Vitória da Conquista logo mostrou o que o levou a liderança o estadual.
Logo aos oito minutos, Carlos Alberto enfiou para Raul, que com categoria, mandou para o fundo das redes. O auxiliar, no entanto, assinalou erroneamente impedimento do lateral do Conquista. O Bahia era salvo por um erro da arbitragem.
Depois da falha do auxiliar, quem livrou o Bahia de levar o primeiro gol foi Marcelo Lomba. O goleiro foi o primeiro a perceber que a intertemporada havia sido realmente finalizada. Foram 13 finalizações do Conquista durante um primeiro tempo de amplo domínio – o Bahia chutou apenas três vezes no gol adversário.
Dominado fora de casa, o Bahia apareceu para o jogo efetivamente em dois momentos. Primeiro quando os jogadores reclamaram que a bola estava murcha. Na sequência, com um lance perigoso. Após lançamento de Hélder, Adriano Michael Jackson mandou de cabeça na trave. Obina aproveitou o rebote e mandou uma bela bicicleta. Alex foi ágil para impedir um gol de placa no estádio Lomanto Júnior.
Um gol para cada lado
O segundo tempo começou de maneira diferente. O Bahia, que contou com a entrada de Magal no lugar de Jussandro, partiu para o ataque nos primeiros minutos. Mas o ímpeto ofensivo não durou muito. Aos cinco minutos, Alessandro Azevedo cobrou escanteio. A zaga do Bahia rebateu e a bola voltou para Azevedo, que chutou e viu a bola passar por todo mundo para comemorar o primeiro gol da partida.
A desvantagem no placar fez Jorginho mudar o Bahia. O treinador deixou o time mais ofensivo com a entrada de Marquinhos e a saída de Diones. Em campo, mesmo com a alteração, a situação não mudou muito. Mas rendeu frutos. Aos 28 minutos, Neto cobrou falta e levantou a bola na área. Fahel completou de cabeça e mandou para o fundo das redes. O árbitro validou o gol, mas os jogadores do Conquista reclamaram muito de uma falta cometida por Fahel dentro da área.
A igualdade no placar permaneceu até o final da partida. O Vitória da Conquista ainda tentou uma reação, mas não conseguiu passar por Marcelo Lomba. O Bahia, por sua vez, não teve forças para buscar a virada e inicia o Campeonato Baiano com o mesmo futebol apresentado na eliminação da Copa do Nordeste.

Com gol 200 de Lampard, Chelsea vence West Ham e sobe para terceiro Inglês abre o caminho para vitória no Stamford Bridge. Hazard completa o marcador, e Blues ganham posição do Tottenham Hotspur na classificação


A classificação direta para a Champions League tornou-se uma realidade mais palpável para oChelsea. A vitória por 2 a 0 sobre o West Ham, neste domingo, no Stamford Bridge, pela 30ª rodada do Campeonato Inglês, deixou os Blues na terceira colocação, com 55 pontos. O time de Rafa Benítez ingressou no grupo que garante vaga na fase de grupos da competição continental após a derrota do Tottenham por 1 a 0 para o Fulham.
A partida em Londres também contou com um momento marcante para os torcedores. Capitão dos Blues, Lampard chegou a 200 gols com a camisa do clube. Quem completou o placar foi o belga Hazard, um dos destaques do jogo. O ambiente de tranquilidade não se repete nos Hammers. Com o novo revés, a equipe de Sam Allardyce permanece em 13°, com 33 pontos, e enxerga a zona de rebaixamento mais próxima.
Lampard Chelsea West Ham jogo (Foto: AP)Depois de receber passe de Hazerd, Lampard cabeceia para abrir o marcador do jogo  (Foto: AP)
O Campeonato Inglês só volta a ser disputado no fim do mês, após as partidas entre seleções nas próximas duas semanas pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2014. No último fim de semana de março, o Chelsea enfrenta o Southampton, fora de casa, no estádio St. Mary's Stadium. O West Ham busca a recuperação contra o West Bromwich, em casa.
Dia de Lampard
Os torcedores que foram ao Stamford Bridge tiveram motivos suficientes para saírem satisfeitos depois da vitória no dérbi contra o West Ham. A instabilidade comum ao Chelsea na temporada não teve espaço durante os 90 minutos. Em campo, os Blues foram superiores ao rival. Os meias Harzad, Mata e Lampard tiveram facilidade para articular as ações ofensivas. Foram dos pés deles que surgiram as principais chances do time de Londres.
A primeira boa oportunidade aconteceu logo aos seis minutos. Depois de belo passe de Lampard, Demba Ba se livrou da marcação de Collins e saiu na cara do gol. No entanto, o senegalês chutou para fora.
Com Hazard flutuando com facilidade no meio campo, o gol do Chelsea não demorou a sair. Após articulação pelo lado direito dos Blues, a zaga do West Ham afastou o perigo. No rebote, a bola parou nos pés do belga. O meia apenas observou o panorama e deu passe perfeito para Lampard cabecear sem chances para Jaaskelainen. O capitão chegou aos 200 gols com a camisa dos Blues.
Lampard Chelsea West Ham jogo (Foto: AP)Lampard sobe para cabecear com estilo e fazer o primeiro gol do Chelsea sobre o West Ham (Foto: AP)
Recuado no seu campo de defesa, o West Ham tinham um plano tático para surpreender fora de casa. Na criação, as bolas tinham endereço para o atacante Andy Carroll. Era pela alto que os Hummers tentavam surpreender. Mas as investidas não tiveram sucesso com o brasileiro David Luiz e Cahill bem postados no sistema defensivo.
Hazard rouba a cena
No segundo tempo, Hazard continuou infernizando a zaga dos Irons. Foram dribles desconcertantes, passes de efeito (inclusive um cruzamento de letra) e um golaço. Depois de tabelinha entre Azpilicueta e Mata, o espanhol entregou para o camisa 17 pelo lado direito. O belga tirou dois marcadores para dançar e chutou sem chance no canto esquerdo de Jaaskelainen.
Eden Hazard Chelsea West Ham (Foto: Reuters)Hazard comemora o segundo gol do Chelsea diante da torcida (Foto: Reuters)
A troca de Matt Taylor no lugar de Diame no intervalo foi uma das alternativas do West Ham para a etapa final. Mas o panorama pouco mudou. O Chelsea cotinuou com mais posse de bola, dono do meio-campo, e teve as melhores chances. Mas, como no primeiro tempo, esbarrou nas boas defesas de Jaaskelainen - que evitou uma goleada.
Aos 24 minutos, Benítez mandou a campo Oscar. O brasileiro entrou na vaga de Victor Moses e articulou lances de perigo ao lado de Mata e Hazard. Num deles, o camisa 11 recebeu do espanhol e deixou o belga em boas condições na entrada da área. Na hora de finalizar, no entanto, Hazard parou nos defensores do Hammers.
O único momento de tensão para os torcedores do Chelsea foi quando David Luiz saiu de campo. O brasileiro sentiu uma pancada e foi substituído por Terry. Nos minutos finais, o Chelsea apenas administrou o resultado e festejou o domingo perfeito em Londres.